Robert Monroe, engenheiro e jornalista, no ano de 1958, começou a passar por estranhas experiências fora do corpo (também chamadas viagens extrafísicas, desdobramento, projeção ou viagem astral). De início suas saídas extracorpóreas aconteciam espontaneamente, sem que ele tivesse tido vontade disso ou comando sobre as mesmas. aos poucos, conforme o tempo passava, foi se acostumando com as saídas e finalmente as programava, saindo do corpo por vontade própria.

Como cientista que era, e até por instinto de preservação, quis pesquisar sobre o assunto e o caminho levou-o para longe das religiões, parapsicologia e disciplinas orientais, pois aí não encontrou a confirmação científica que procurava. Quase nada encontrando resolveu, lá pelos anos 70, junto com alguns colaboradores, todos profissionais de grau universitário, fundar um instituto para pesquisar e desenvolver técnicas de saída do corpo – o Instituto Monroe de Ciências Aplicadas.
O laboratório de testes consistia em três cabines de isolamento com uma cama com colchão d’água aquecida, controle de ar, temperatura e acústica. Todas as três ligadas separadamente à sala de controle onde eram registrados sinais fisiológicos dos participantes: EEG (eletroencefalografia) com oito canais, EMG (tônus muscular), pulsação e voltagem corporal.
Seus experimentos com os voluntários “pacientes” eram à noite o que acarretou que muitos acabavam dormindo durante as sessões. Como Monroe era engenheiro de som, pensou em utilizar sons para manter os pacientes acordados num estado de pré-sono e plenamente conscientes. Pôs mãos à obra e criou o que chamou de FFR (Frequency Following Response) ou Resposta Imediata à Frequência. Introduzindo certos tipos de sons nos ouvidos dos participantes descobriram que havia uma resposta elétrica semelhante nas suas ondas cerebrais e controlando essas freqüências de ondas conseguiam manter a pessoa acordada ou fazê-la dormir.
A partir de então Monroe e sua equipe alcançaram considerável progresso em seus experimentos. Com a divulgação de seus trabalhos começaram os convites para palestras e posteriormente para experimentos com vários participantes na forma de workshops. À época do lançamento de seu livro Viagens além do universo (1985), milhares de pessoas já tinham participado dessas experiências de saída do corpo assistidas pela equipe do Instituto.
Monroe deu palestras em grandes universidades americanas e organizações como o Smithsonian Institution e apresentou estudos sobre o assunto à Associação Psiquiátrica Americana. Seu trabalho foi sempre acompanhado por psicólogos e psiquiatras.
Estudos realizados após a publicação do livro Viagens fora do corpo indicaram que uma a cada quatro pessoas teve, no mínimo, uma experiência extracorporal espontânea (eu já tive umas cinco das quais me lembro).
A leitura dos livros de Monroe foi uma das mais instigantes que já chegou às minhas mãos. Seu conteúdo ratifica outras leituras minhas sobre expansão de consciência e confirma a existência de outras realidades bem como a reencarnação.
Já disse aqui e volto a dizer: somos muito, mas muito ignorantes a respeito do que é a realidade e o universo. Infelizmente as religiões ocidentais se encarregaram de nos condicionar com conceitos e crenças bobas e limitantes. Não temos a menor ideia do que nos rodeia que não conseguimos ver com os olhos físicos.
Os anos todos que Monroe despendeu em suas “viagens” fora do corpo o levaram a ter uma diferente visão de mundo, espaço e tempo.