Cientistas descobrem molécula responsável pela depressão e ansiedade
Apesar de ter virado algo comum nos últimos anos, muita gente acha difícil entender a depressão e acredita que, para vencê-la, é só uma questão de ver as coisas de um jeito mais positivo, fazer mais exercício físico ou coisa do tipo.É claro que esse tipo de coisa pode ajudar. Mas estresse e depressão são, antes de tudo, um problema químico.
E cientistas acabaram de descobrir a molécula que está diretamente relacionada a esses problemas.
Usando uma das máquinas de raio-X mais potentes do planeta, pertencente ao Diamond Light Source, um acelerador de partículas do Reino Unido.
Cientistas da empresa farmacêutica Heptares Therapeutics conseguiram a imagem que você vê neste post.Essa estrutura em 3D acima pertence a uma molécula que atua para regular a nossa resposta ao estresse, chamada CRF1.
Se a depressão tivesse uma aparência física, ela seria assim. A imagem mostra a molécula CRF1, que está diretamente ligada ao estresse. Moléculas menores, como a que aparece no centro da imagem, podem ser projetadas para inibir sua ação. Imagem: Reprodução
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Ao se ligar ao hormônio, o CRF1 promove a liberação de substâncias bioquímicas que, em um período estressante prolongado, podem levar à ansiedade e à depressão.
Ele também está relacionado com a síndrome do intestino irritável e outras alterações intestinais ligadas ao estresse.
A novidade é que, ao analisar com detalhes sua estrutura, os pesquisadores descobriram que a molécula tem sua “bolsa de ligação” localizada numa posição muito diferente de outros receptores.
Com isso, será possível projetar com mais precisão moléculas que possam se encaixar ali e bloquear sua ação, deixando-a inativa.
O estudo foi publicado na revista Nature em 17 de julho e é importante porque abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos que, ao interagir com o CRF1, possam tratar depressão e ansiedade, além de outros problemas relacionados a moléculas com estruturas parecidas, como diabetes do tipo 2 e osteoporose.
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